Angioplastia no Infarto Agudo do Miocárdio

O que é infarto agudo do miocárdio?

O infarto agudo do miocárdio (IAM) é a síndrome clínica resultante da necrose isquêmica do miocárdio. Ele se dá por uma oclusão da artéria coronária, por meio da formação de um coágulo ou placa de ateroma, diminuindo o fluxo sanguíneo e levando parte do músculo cardíaco a um processo de morte celular. Dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) de 2013 revelam que o IAM foi a principal causa de morte por doença cardíaca no Brasil, tendo sido observado um aumento de 48% entre 1996 a 2011, e com a previsão de que esta patologia se torne a principal causa isolada de morte em 2020. Seu tratamento consiste na abertura da artéria coronária obstruída.

Quando é indicado?

Após a confirmação do diagnóstico de IAM, realizado por meio de eletrocardiograma e exames laboratoriais, associados a sinais e sintomas clínicos, o paciente é encaminhado ao setor de hemodinâmica para a realização de um cateterismo (exame que confirmará ou não a existência de uma obstrução coronariana). Caso a obstrução seja confirmada, a artéria deverá ser desobstruída imediatamente.

Como funciona?

A angioplastia é iniciada com a inserção de um fio guia de metal no sistema arterial, até atingir a aorta e, finalmente, a artéria coronária obstruída pela placa de ateroma. Um cateter com um balão ou um stent (os stents são estruturas metálicas que ficam encravadas na parede da artéria obstruída) em sua extremidade é passado sobre o fio-guia até atingir o ponto exato da obstrução. Em seguida, o balão ou stent é insuflado sob alta pressão, por alguns segundos, no ponto em que artéria está obstruída, liberando novamente o fluxo sanguíneo, aliviando os sintomas clínicos e parâmetros laboratoriais.

Após o procedimento, o local onde foi feita a punção será comprimido por aproximadamente dez minutos e uma faixa será colocada ao redor de toda a perna, na altura da virilha, para evitar que o paciente tenha sangramento pelo local da punção, ficando 24 horas com a faixa após o procedimento.  Consulte seu médico sobre o uso de seladores hemostáticos, que reduzem o tempo de uso da faixa, dando mais conforto.

Você estará conectado a um monitor cardíaco e a um acesso venoso por algumas horas. Seu pulso, sua pressão sanguínea e o local da inserção dos cateteres serão verificados frequentemente. Se a virilha foi usada como local da inserção você precisará ficar deitado com a perna imóvel durante 6 horas após a remoção do introdutor. Normalmente, após 24 horas de UTI você passará para o quarto, onde poderá repousar e preparar-se para a alta no dia seguinte.

Alguns cuidados devem ser tomados para evitar complicações nas angioplastias, se o acesso for pela femoral ou virilha. Nos próximos sete dias após o procedimento: evitar subir escadas, não carregar peso e não dirigir.

Cuidados pós-procedimento

Após a alta hospitalar é importante o acompanhamento do paciente pelo médico assistente em caráter ambulatorial e todas as orientações fornecidas no momento da alta, como tempo de repouso, medicações e cuidados deverão ser observadas para uma boa evolução clínica.