Quando falamos em emergência, independentemente da situação, já é possível saber que há um senso de urgência envolvido. Quase sempre, a agilidade é determinante para resolver o problema em questão, mas, quando falamos em emergência cardiológica, é muito mais do que isso: cada segundo é vital.
“Nós temos um grau de prioridade que é levado em consideração, por meio de protocolos que são instituídos e que são internacionais, para atendermos primeiro os pacientes que estejam apresentando um grau de gravidade naquele momento”, explica a Dra. Gislaini Rodrigues de Oliveira Miorini dos Santos, Coordenadora Médica do Serviço de Emergência do Hospital Cardiológico Costantini.
E como essas prioridades são definidas? No Hospital Cardiológico Costantini o paciente é avaliado primeiramente por meio da triagem, na qual se verifica como está a sua situação clínica e como está no momento do atendimento, levando em consideração os sinais vitais. Nessa etapa, é checada a pressão, frequência cardíaca e saturação. Conforme esses critérios, é definida a prioridade para que o paciente com risco iminente de vida seja atendido primeiro.
“Se um paciente já chega em parada cardíaca, é fácil identificar a emergência. As prioridades, no entanto, vêm para definir o grau de urgência para atender esse profissional”, explica Gislaini. “Pode ocorrer, por exemplo, de um idoso em estado saudável, tratado prioritariamente, ser atendido depois de um adulto de 25 anos que esteja em situação de infarto. Essas são as prioridades”.
Tempo porta-balão
Neste cenário, há um fator extremamente importante e que pode determinar o sucesso do atendimento a uma emergência cardiológica: o tempo porta-balão. Ele leva em consideração o tempo que o paciente leva do minuto em que ele chegou na porta do hospital até o tempo em que recebeu o tratamento.
“Esse tempo porta-balão é preconizado que ocorra em até 90 minutos”, conta Gislaini. “Em caso de infarto, quanto mais tempo se leva para abrir a coronária, maior a quantidade de células cardíacas que vão morrendo e, assim, maior o dano sofrido no coração.”
Quando procurar a emergência cardiológica?
O principal sintoma do infarto é dor no peito, que pode irradiar para as costas e braços (mais frequentemente o esquerdo). Esse sintoma pode ser acompanhado de suor excessivo, palidez e frequência cardíaca alterada. Falta de ar e dor abdominal, semelhante a uma dor de estômago, também são sinais de infarto, porém menos frequentes.
Se apresentar esses sintomas, não hesite e procure uma emergência cardiológica o mais rápido possível.