A correção de Comunicação Interventricular (CIV) é um procedimento para tratar um defeito no septo que separa os ventrículos do coração.

O QUE É?

A comunicação interventricular é um defeito do septo que separa as duas cavidades ventriculares do coração (esquerdo e direito).

Os defeitos podem ser adquiridos por trauma, pós-infarto agudo do miocárdio, ou por defeitos congênitos durante a fase embrionária.

QUANDO É INDICADA?

É indicada quando o paciente possui uma abertura do septo interventricular que promove repercussão hemodinâmica nas cavidades ventriculares direitas, como hipertensão pulmonar e dilatação da cavidade do ventrículo direito.

COMO FUNCIONA?

Depois de realizado o diagnóstico de CIV em uma consulta clínica e confirmação com ecocardiografia, o paciente deverá passar por avaliação com médico hemodinamicista para confirmação da viabilidade do procedimento.

O paciente será preparado para o procedimento (tratamento) que será realizado na sala de hemodinâmica, local onde se fazem cateterismos e angioplastias.

TODAS AS ORIENTAÇÕES MÉDICAS SERÃO REPASSADAS EM CONSULTA PRÉ-CIRÚRGICA

O procedimento consiste em colocar uma prótese na abertura que comunica o ventrículo esquerdo com o direito que deveria estar fechada.

Uma vez colocada, a prótese evitará que o sangue oxigenado que está no ventrículo esquerdo passe para o ventrículo direito.

A correção de CIV é realizada por uma punção na virilha.

A prótese é guiada por um cateter através da aorta e avançada até o ventrículo esquerdo.

Ela vem compactada em um dispositivo que libera a prótese e, uma vez posicionada, se retira o cateter, terminando o procedimento.

Todo o procedimento é também acompanhado pelo exame de ecocardiografia.

Após o procedimento, o local onde foi feita a punção será comprimido por aproximadamente dez minutos e uma faixa será colocada ao redor de toda a perna na altura da virilha para evitar que o paciente tenha sangramento pelo local da punção.

Ela deve ficar 24 horas com a faixa após o procedimento.

Consulte seu médico sobre o uso de seladores hemostáticos, que reduzem o tempo de uso da faixa, dando mais conforto.

Você estará conectado a um monitor cardíaco e a um acesso venoso por algumas horas.

Sua frequência cardíaca, sua pressão sanguínea e o local da inserção dos cateteres serão verificados frequentemente.

Se a virilha foi usada como local da inserção, você precisará ficar deitado com a perna imóvel durante 6 horas após a remoção do introdutor.

Normalmente, após 24 horas de UTI você passará par o quarto onde poderá repousar e preparar-se para a alta no dia seguinte.

Alguns cuidados devem ser tomados para evitar complicações nas angioplastias, se o acesso for pela femoral ou virilha nos próximos sete dias opôs o procedimento: evitar subir escadas, não carregar peso e não dirigir.

Consulte o médico se tiver angina ou falta de ar; dor, inchaço, vermelhidão, sangramento ou vazamento no local da inserção; frio ou cor azulada no braço ou na perna onde o cateter foi inserido; perceber sangue na urina, fezes escuras ou qualquer outro sangramento.

De volta ao trabalho – Você provavelmente poderá voltar ao trabalho alguns dias após a angioplastia e deverá sentir-se muito melhor do que vinha se sentindo ultimamente, mas tente não exagerar no início.

Siga as orientações do seu médico em relação ao retorno das atividades físicas.

Todas as orientações médicas serão repassadas em consulta pré-cirúrgica.

PREPARO

O preparo para o procedimento, como medicação a ser suspensa, tempo de jejum e necessidade de internação prévia serão passados no momento do agendamento.

CUIDADOS PÓS-PROCEDIMENTO

Após a alta hospitalar é importante o acompanhamento do paciente pelo médico assistente em caráter ambulatorial.

Todas as orientações fornecidas no momento da alta, como tempo de repouso, medicações e cuidados deverão ser observadas para uma boa evolução clínica.